Arquivo | maio, 2010

Chaves Perdidas

30 maio

É tão irônico lembrar o ínicio para poupar o esquecimento do final. Adiar as coisas não nos leva a nada, absolutamente nada, só que o negativo pesa tanto nas nossas cabeças. Afinal, se você se conforma é sinal que desistiu. Mas que desistência é essa que se enrola por tantos dias, por tantas semanas e por que não anos? Desistência, para mim, é não aguentar o primeiro não e não esquecer, mas guardar pra sempre. Só que não é aquela lembrança que tu guarda com carinho, com vontade de reviver. São aqueles momentos que só de pensar você se revira pensando por que teve que ser assim?

Sou daquelas que pensa que não se deve pensar, não em certas horas, o bom da entrega é fechar os olhos. Guarde as chaves de casa embaixo do tapete, no lugar de sempre, esperando ela voltar. É um carma que não se muda. Porém, não dava pra ser sempre assim, prefiro que me odeie agora se for a única saída para sair deste meu personagem. Não grite meu nome na minha janela, eu sei que isso soa tão absurdo, não chegamos no melhor, não chegamos no tudo. Mas fechamos os olhos.  Pensei em desistir de mim, aí parei pra acordar e pensei por que? Se no final só resta eu e os outros. Não desisti de você, desisti das farsas que segurei para eu não cair.

Não estou mais ao seu dispor, seja por fervor, seja por amor. Pisei e quebrei qualquer elo que nos envolvia e se eu me arrependi ou não, não vem ao caso agora, se a referência é uma antiga história que não contaremos pra ninguém antes de dormir. O livro está empoeirado, a tatuagem não foi retocada, não compraram um espelho novo e nossos reflexos se perdem na rachadura. O tempo que segura é o mesmo que define o quanto dura. Hora ou outra tínhamos que acordar. Eu fui uma boa substituta da ausência dela, só não esqueça de avisá-la que é o meu perfume que permaneceu na tua jaqueta.

Rapaz.Sagaz. Fugaz. Incapaz. Mas. Jamais. Faz. Paz. Paz, terei a chance de descobrir o que é isso.

Sinto muito por ter trancado a porta.

2 de Agosto

28 maio

Você precisa esquecer para eu poder te lembrar. Reconstruo meus devaneios perdidos no meio do caminho, em tropeços enquanto andava cambaleando, resultado de uma noite mal dormida, esperando meu travesseiro voltar a me confortar. Levanto um brinde em homenagem a todas as histórias que não terminei, por me faltar coragem de simplesmente encostar a tinta no papel e fazer o tal do ponto final.

Mas deixe isso morrer, assim será melhor. O homem deveria ser como a fênix e trocar a cinzas de cigarro por uma nova vida, uma chance é pouco para saber o que fazer, mas é o que temos. Desde que o mundo é mundo e o frio te puxa pelos pés, esquecestes as meias dentro do sapato, não valeria a pena sentir o chão gelado. Nós já escrevemos isso antes. Por que temos que ir antes de meia-noite? Por que temos que fazer a típica cena de sair andando e olhar pra trás? Isso não nos salva mais. Deslizando pelos enredos incertos, estava tudo completo, estava tudo concreto. Não mais.

Repetindo que esta noite não se repete, assim como nenhuma outra. Já faço descaso do calendários, me alimentando da rotina do qual nunca vou me acostumar, dividindo as horas e jogando-as no lixo, consumindo os minutos como se fossem segundos, não pisque, você pode perder o lance, com a ausência do relógio não se sabe o fim do segundo tempo.  Eu poderia existir sem tudo isso, mas passaria o tempo todo procurando algum sentido. Até que pensando bem poderia ser melhor, vagaria sem saber o que o tédio.

Agora, bem, agora pouco importa. Vivendo de rascunhos, por não poder passar tudo a limpo sozinha. E quando a luz invadir o meu quarto, eu vou me esquecer.

Querendo saber quando você vai me relembrar.

Você não sabe o que meus olhos dizem

23 maio

Boa sorte, leve contigo toda a sorte do mundo, escolha a porta número um, acerte a chave que abre o cadeado na primeira tentativa, jogue na loteria. Abandone. Pra que pensar em escolhas? É tudo a mesma coisa, probabilidade é ficção, tudo é questão de sorte. Se for pra ser, será. O destino traçado é praticamente automático, pecado seria não acreditar.

Aonde estávamos esse tempo todo que não reconheço mais esse lugar? Então, deixa eu pegar um avião e apagar distância do meu dicionário, deixa eu descobrir se é real, deixa eu diferenciar esses dois mundos, deixa eu parar de comemorar os meses que só tem sentido pra mim. Um tinha o outro, nós tínhamos outros, aquelas vozes que sussurram freneticamente em nossos ouvidos falando que é melhor cair fora, que é melhor mudar o caminho, separação não é nada. Apenas mais um motivo para uma dose de drama. Entre a ira e as lágrimas que se esforçam em contornar a minha face, controlo minha mão que não sabe aonde quer descontar a raiva. Espelhos se quebram. Pratos se quebram. Copos se quebram. Enfeites se quebram. E de quebra levamos as marcas.

No dia seguinte, minha ressaca não alcoólica me carregará até o fim da noite. Seria capaz de cometer as piores loucuras do mundo. Na verdade, eu sou louca, de natureza, não importa se você não queira, eu sou assim. Louca, perigosa, fatal. Este é o approach pro grande final, meu olhar explodindo em combustão e desejando não sua morte, mas apenas, sorte.

Um dia ou dois, é tudo a mesma coisa. Só são diferentes lugares. O sereno deixou o ambiente mais úmido e entre tropeços volto para a minha casa,sabe, esquecer não é difícil, só falamos isso porque dividimos tudo em boas lembranças e maus momentos. Aonde encaixamos a indiferença? Ela não existe porque isso esquecemos sem saber. Volte para o lugar que você estava antes do parágrafo, eu decido aonde é o ponto final. Me transforme na indiferença, o esquecimento sem dor, a ausência de sentimentos, a ignorância do amor.

Boa sorte. Mas só pra constar, eu nunca acreditei na sorte.

Um copo de gelo e um pouco de drama

22 maio

Se eu desisto, assumo minha covardia, visto sua razão. Se eu insisto, eu me machuco, me afogo na primeira ilusão. É como um jogo que você sempre quis ganhar, a prova que você queria gabaritar, a doença que você quis achar a cura. Todas as ideias são tão geniais, pelo menos antes do fim da linha chegar. Antes do mim da linha, qualquer passo é lucro, seja pra frente, amadurecendo e encarando que um ciclo se fecha, ou seja pra trás, por não querer largar mais. O nunca não existe. O pra sempre também não.

Não vou nos esperar, não vou nos consertar, não vou pensar em lembrar. Você já sabe que eu não esqueci, você já sabe dos sonhos que eu fiz pra ti. As chamas consomem tudo que é de papel, só tenho medo que nós sejamos recicláveis também. Me incluirão num latão qualquer, se misturam meus pensamentos de menina com meu jeito de mulher. Não se pode ler meus pensamentos, trancafiei-os num espaço vago do meu cérebro. Prossiga. Seu discurso está muito bom. Pena que não ouço nenhuma de suas palavras.

Aproveite que o seu lugar do meu lado ainda não esfriou, não deixe que esfrie, não deixe que se destrua. A verdade pode ser dura, mas veja pelo lado que retirei todas as mentiras. Meu travesseiro me chama, afundo minha cabeça e me cubro com um cobertor. Não queira ver como meus olhos estão. Eles não brilham mais. Não sei como, nem porquê. Na verdade, eu até sei, mas omito pra mim. Eu odeio o se, mas se eu pensasse no se mais vezes, poderia ter sido diferente.

Sempre pode ser diferente. Mas acabamos tomando rumos iguais. Nada mal para um casal clichê. Nada mal para quem nunca soube ver. Agora, estou ouvindo sua banda favorita, mesmo que eu a odeie. Agora, não ouço mais sua voz, mesmo que eu te ame.

Garçom, traga a conta, por favor.

Onde. Aonde.

22 maio

Ontem, eu bati na sua porta. Eu sabia que você estava lá, seus passos ecoavam na sua rua silenciosa, mas você não me atendeu. Não entendi o motivo, não entendi a bipolaridade. Não entendi o pecado, não entendi de verdade. Todo mundo está me fitando como se eu tivesse matado alguém, só que não tem ninguém aqui, chego ao ponto de confundir postes e pessoas, é tudo a mesma coisa. Concreto ou qualquer material de construção.
Se fôssemos robôs poderíamos ser melhores, funções ajustadas, sem bebida, sem comida, sem emoção. Sem vida. Não era assim que tanto queria? Falou tantas vezes que queria morrer, culpa da tua fraqueza, da tua falta de ousadia por não saber viver. Eu fiz minha cova, mas é impossível eu me enterrar. Me matando aos poucos você já está, agora é fácil, não demora e me torno nada mais que um corpo. Por que meu orgulho resolveu tirar férias? Se fossem alguns dias atrás eu não teria procurado sua porta. Porta fechada. Não é você, sou eu, isso é a maneira educada de dizer que sou insuportável. Guarde sua educação para um momento oportuno, apenas de pedi a verdade, tire as sete máscaras que te envolve.
Bendito dom que você tem de destruir o meu dia, bendito dom que você tem de me deixar irada, bendito dom que você tem de dizer as coisas certas na hora errada. Bendito dom de aparecer nos meus delírios, bendito dom de me confundir com o irreal. Não era como eu queria, não era como eu planejei. Aonde vamos depois que chega o fim do poço? Eu tento subir, quero ver o mundo de volta, o Sol entrando pelas frestas da minha janela, voltar a brincar de achar os desenhos que as nuvens formam. Pudera eu ser eu, sem me importar com o que achas.
Neste baile de máscaras, eu esqueci a minha. Ou talvez tenha perdido, ao tentar te reencontrar.

Rua sem saída

17 maio

Por que saber que não tem mais sentido faz sentido completo agora? Deveríamos andar com vendas em nossos olhos, ignore se vamos tropeçar, ignore as quedas, cair faz parte, de cada queda se levam outras duas, mas, ao levantar anulamos tudo. Deveríamos trocar a estação do rádio, essa música já não agrada mais nossos ouvidos, não tem mais sentido. Espera aí, se não faz sentido deixe-a tocar até o fim. Não. Sim. Não. Sim. Talvez. Sim. Sim. Sim. Quando vamos concordar em alguma coisa? Minha voz bem que podia se anular com tua presença, sei que a sonoridade dela confunde tua cabeça. Não queria ser uma droga, não queria ser um vício, não queria um início, se eu soubesse que assim se encerraria. Acreditaria nos meus olhos se eles falassem? Enquanto eles continuam mudo, te contam mais coisas do que outros não puderam falar. É claro que a parede é mais legal do que eu, afinal, ela não fala e acaba concordando com tudo o que você diz. O maior erro de todos é procurar de onde veio o erro, seria tão válido crescer e procurar um acerto, como se pode ensinar se nunca realmente aprendeu? Toda minha vida, toda sua vida, todas as feridas, todas as corridas, corra, corra, feche as portas, feche as janelas. A noite já não é mais tão bela. Eu estou voltando, sem contar para aonde fui. No mesmo lugar antes de partir, com novos aspectos, com tudo inconcreto. Não importa para aonde eu vá, minha imagem surgirá na sua mente, este é o preço que se pagar por querer começar. E quando for pra ser de verdade, chame meu nome, ele está anotado no papel dentro da sua carteira. Afogue as tendências suicidas.

Sorry, honey

16 maio

Querido, me desculpe. Por todas essas caixas desorganizadas, pelo atraso do caminhão da mudança, pelos porta-retratos sem retrato algum, pelo cheiro de queimado na cozinha, apenas queria queimar cartas ou qualquer lembrança e tachar de borracha, por mudar o número do meu celular, por esquecer propositalmente a chave da nossa casa embaixo do tapete, por deixar o meu cheiro justamente no seu travesseiro.

Querido, me desculpe. Não pude conter a ansiedade e comecei a caminhar sem você, estou tão longe que me cansaria mais voltar e me cansaria ainda mais esperar. Quem sabe nesse novo caminho ele se cruze com o teu, sempre o mesmo, sempre antigo, é o carma que você carregou, nunca mudou, nem vai mudar. Enquanto isso, conheço novos lugares, novas árvores, novos ares, pude respirar todo aquele oxigênio que abri mão por querer te ver respirar.

Querido,  me desculpe. Cheguei aonde queria e dessa vez não foi envolvida pelos seus braços. Fiz porque quis, fiz e estou feliz. Realmente, fazia sentido essa oposição toda, eu chorava e você ria, agora estou rindo, não garanto o teu choro, já que daqui os teus soluços transformam-me em surda. Não queira saber quanto tempo estive aqui, não queira saber quanto tempo demora pra voltar, enfraqueceu demais, não há mais paz. Levante logo a bandeira branca.

Querido, me desculpe. Por não poder te desculpar.

Lado

15 maio

Tem um lado do sofá vazio. Caso contrário, estou pirando, porque olho para o meu lado e não vejo nada, absolutamente nada. Mas, ontem eu podia jurar que tinha alguém aqui, eu podia jurar que estava rindo, eu podia jurar que não pensei no que era vetado, eu podia jurar que fiz, eu podia jurar que estava consciente, eu podia jurar que era de verdade.

Eu sinto saudades de quem não sente saudades. Não de mim. Mas e no que isso muda agora? Nada. Eu não faço mais as coisas. Não por mim. Mas e no que isso muda agora? Nada.  Eu fico muda, sem dizer não ou sim. Isso é sobre mim. Mas no que isso muda agora? Nada. Do que adiantaria mudar, o lado no sofá continua vazio, só que existe um empecilho e não tem como eu me esticar, então, tem alguém sim, alguém que trouxe o frio, alguém que não faz nem um pio, alguém que se eu abrir meus olhos de volta eu vou perguntar cadê, sumiu.

Apenas não querem, apenas não se importam, sobre tudo isso. Seria certo chamar de tudo isso? Eu falaria nada isso. E certo estão eles, por que deveriam se importar com nada isso? O nada isso não existe! Dessa vez não existe o passado mais que perfeito e no presente do indicativo, eu indico a porta à esquerda. Trocarei esse sofá por uma poltrona, assim, se eu olhar para o lado, vejo que sou eu. Apenas eu. E se eu tenho alguma reclamação de mim, apenas eu é necessário para resolver isto. Aí, tudo foge da sua mente e você encontra a resposta que procuramos. A resposta é eu.

Eu posso, eu quero, eu vou conseguir. Falava isso quando tinha dez anos, mas não se pode voltar no tempo. Porém, posso levar o tempo comigo, assim eu cresço e crio novas perguntas, só quero achar uma que seja você. Num abismo de palavras, qualquer ação é rei. Tu perdeste tua coroa. Acabo de achar uma resposta que seja você.

Quem vai perder de novo?

Pense, lembre, esqueça. De jogar.

13 maio

Pense em mim quando eu estiver fora. Pense em mim quando eu estiver fora de você. Pense nas palavras, pense nas promessas, pense nas festas que eu não quis festejar. Talvez você precisa de um dia, quem sabe dois, quem sabe demore toda sua vida. E vai chegar o tal momento que chamam de tarde demais, eu já tinha te avisado que éramos dependentes do relógio. Vem chegando o frio, junto a ele vem meu cobertor, tem coisa melhor que eu um cobertor? Mudo, te cobre, te esquenta e não reclama do filme que você escolhe. Um cobertor não reclama se você trocá-lo por um mais novo, um cobertor não te cobra, um cobertor não questiona onde você foi e onde você deixou de ir, um cobertor quer apenas te aquecer. Faz tanto frio, não sei se é lá fora ou se é só entre nós mesmo. Entre nós, entre lençóis. Tirei minha vestimenta artificial de cobertor.

E quando se lembrar de pensar, lembre também aonde não conseguiu chegar. Tive que fugir pra sair de lá, mas do que adiantou se na verdade o aqui é lá, se o lá é aqui, se o nome muda de lugar, porque o que importa é onde você está. Devo estar muito bem, dependendo do tempo, dependendo de você. Somos tão paradoxo a ponto de discordar que um elo pode não ser de ligação, vai chegar uma hora que não há vírgula que nos una, vai chegar uma hora que não negaremos mais que rompeu. O céu vai muito mais além do que as nuvens podem mostrar. Não que as estrelas se ofusquem com o brilho do Sol, elas escolheram a noite para se vangloriar, cada um tem o seu tempo para a glória, só não se atrase, só não se perca na história. Tente enxergar enquantos os seus olhos não se fecham por, propositalmente, querer falhar. Mas eles não podem falar.

Esqueça tudo e se lembra do nada. Em mistura a todas as drogas inclua tudo isso na memória, é inútil, é viciante, é incerto, é constante, é, são todos os meus pesadelos que invadem os meus sonhos. Me deixa dormir, pare de me acordar, se os meus pés ficarem no chão, como o céu eu vou alcançar? Eu quero voar, agora que possuo as asas que privei antes de pensar. É, eu também precisei pensar. E numa dessas tudo roda, roda, roda, mas os círculos sempre voltam ao mesmo lugar. Seria esse o motivo. Motivo não é pretexto. Pretexto se disfarça no motivo.

Pense. Eu aviso que estou partindo, te lembrando de me buscar. Esqueça onde os pés pisaram, esqueça de jogar.

8 maio

– Não é você, sou eu

– Sério? O que mais? Vai dizer que é pelo meu bem?

– E não é?

– E você lá sabe o que me faz bem?

Silêncio.

– Realmente, pergunta tola, se soubesse.. ahn, deixa pra lá.

Vamos deixar pra lá, vamos esquecer, vamos fazer  tudo, vamos reviver. Reviver com outras pessoas, reviver com outros olhos, reviver com novas escolhas. Escolhas mudam, escolhas decidem, escolhas.. já escolheu sua arma de hoje? Podem ser palavras, podem ser ações, só esqueça o coração. Porque você não tem.

Eu não consigo acreditar na sua dor. Se doesse tanto,sorriso estaria fora do seu dicionário essa noite, mas você está sorrindo e não consigo enxergar a graça. Tudo bem, logo passa. Só se lembre que as histórias não se repetem, nem mesmo o final, pode falar que é sempre igual, igual seria se fossem as mesmas pessoas. Somos tão diferentes que chegamos a tal ponto de não saber a diferença entre conhecer e reconhecer.

Você me diz que quer falar, mas sua boca semi aberta se perde no ar e ficamos assim, um olhando pro outro. Mais uma vez, silêncio. Eu conheci a porta pra sua vida, poderia, por favor, me mostrar qual é a da saída? Um bom vinho é o pretexto para me afogar em esquecimentos dessas memórias, meras histórias, é só pela demora dos passos que ecoam este corredor.

Não temos mais escolhas, não temos mais armas, não temos pra onde fugir. Por isso estou aqui, levante logo a bandeira da desistência, não que isso me dê a vitória. Ganhar a batalha não significa ganhar a guerra. A partir de hoje não adianta mais perguntar cadê. Não sei qual é o meu lugar. Porém, sei que não é aqui.